segunda-feira, 13 de junho de 2022

GNC é mais barato e eficiente que GNV; conheça

 Para fugir do alto preço da gasolina e do etanol, quem trabalha com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, acabava recorrendo ao  Gás Natural Veicular (GNV). No entanto, até esse combustível tem pesado no bolso. A alternativa agora, para cada vez mais profissionais, é o  biogás (GNC) . Quem tem kit-gás pode usá-lo sem problemas.

Em abril, a Petrobras anunciou aumento de 39% no GNV para as distribuidoras. O preço ao consumidor final, de acordo com um levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito na última semana de maio, já chegava a R$ 4,199 em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Diante disso, apesar de não se uma solução nova, o biogás tem se popularizado por render mais e ser mais barato.

O motorista de aplicativo Glauber dos Santos, de 32 anos, conta que começou a abastecer com biogás por indicação de colegas de profissão. Segundo ele, que tem um carro 1.0, com cilindro de oito metros cúbicos instalado, enquanto consegue percorrer 120 quilômetros com o "tanque cheio" de GNV, faz 150 quilômetros com biogás.

"Nesses 30 quilômetros de diferença, eu consigo fazer de R$ 30 a R$ 50 em corridas. Além disso, o preço do biogás é mais em conta. Tenho abastecido por R$ 3,99 o metro cúbico, enquanto pagaria R$ 4,15 pelo GNV. São centavos que ao final do mês fazem muita diferença", compara.

O diretor comercial da indústria de cilindros MAT, Jorge Mathuiy, explica que enquanto o GNV (gás metano) pode ser retirado de fontes associadas ao petróleo, por exemplo, o biogás tem características similares, mas é extraído de matérias orgânicas, aterros sanitários, compostagens e bagaços de cana de açúcar, entre outros

"Muitos clientes nem sabem que estão abastecendo com biogás. Não se dão conta da diferença porque o abastecimento é semelhante ao GNV, mas retornam porque percebem o resultado no carro, veem que desenvolve mais", conta.

Outro benefício do GNC é a maior segurança: por ser mais leve do que o ar, em caso de vazamento, o gás se dissipa rapidamente, o que reduz o risco de explosões e incêndios. Enquanto o álcool se inflama a 200ºC, e a gasolina a 300ºC, para que o biogás se inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.

Na maioria dos postos, porém, a identificação do gás verde não é clara. É preciso perguntar ao frentista se a opção está disponível ou observar na bomba se fornecedor é uma das empresas que distribuem o combustível, por exemplo a Neogás.


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